Rio -  Quando Ana Carolina Dias surgiu toda sexy de macaquinho cinza em ‘Fina Estampa’ na pele da desinibida Deborah, muitos homens decidiram que era hora de aposentar a caixa de ferramentas.
“Eles perguntam se tenho horário na minha agenda ou falam que tenho que consertar um cano na casa deles. As cantadas são sempre brincando com a história das maridas”, diverte-se Carol, a ‘marida de aluguel’ mais sensual da loja do Pereirão (Lilia Cabral).
Com o corpo construído à base de muita malhação, a atriz, de 24 anos, tem curvas derrapantes. E atenção: segure-se! Ela sabe muito bem como usar as ferramentas que Deus lhe deu. “Se você valoriza as pernas e usa uma saia mais curta, tem que esconder o colo e vice-versa. Acho isso até mais sensual. Quando você mostra tudo, fica vulgar. Ninguém tem curiosidade de ver mais nada porque já está tudo lá, à mostra”, ensina.
Como se o posto de musa não fosse o bastante, Ana ainda tem o prazer de contracenar diariamente com o cobiçado Malvino Salvador, que vive Quinzé, filho mais velho da sua patroa na trama de Aguinaldo Silva.
“Minhas amigas falam que querem trocar de emprego comigo e brincam que trabalhar assim é fácil. O Malvino é um cara interessante, que tem rosto e jeito de homem, tanto que faz papel de galã”, dispara ela, garantindo não tirar casquinha do seu par romântico nas gravações. “É tanta marcação de câmera e luz que você nem pensa nisso”, jura.
E nada de climão nos sets quando a namorada do ator, Sophie Charlotte, que interpreta a irmã de Malvino na novela, está presente. “Eles são um casal muito profissional e não tem espaço para ciúme na hora das cenas”, esquiva-se.
Ciumenta “na medida certa” — “é bom dar aquela olhada no telefone (dele) e tomar conta” —, Carol sabe muito bem o que busca em um homem. “É um conjunto de coisas. O cara precisa ser cavalheiro, gentil, educado, inteligente...”, lista. O problema é que os homens ficam acanhados na hora de se aproximar. “Eles se intimidam, mas eu tento demonstrar quando estou interessada. Se mesmo assim o cara continua com medo, deixa para lá. Ninguém merece homem medroso”, sentencia.
Mas na hora de dizer se alguém já preencheu todos esses pré-requisitos, Carol despista. “Eu estou bem feliz, muito obrigada. Mas, independentemente de eu estar com alguém ou não, a pessoa que namora comigo não pode ter ciúme das minhas cenas. Ele tem que entender que tudo isso faz parte da minha profissão. Cada um respeita o outro e fica tudo certo”, determina.
Com um papel sensual na telinha, um ensaio sem roupa parece um caminho natural, certo? “Mas acho que agora não é o momento. E se um dia eu posasse nua, com certeza, seria pelo dinheiro. Senão, eu contrato alguém e faço um álbum com um ensaio bem bonito só para mim. Acho que a sensualidade não tem a ver com o nu. Você pode estar pelada e com cara de nada ou com uma blusa de gola alta e estar sensual. No fim, é o olhar que diz tudo”, acredita.
Morando sozinha há pouco mais de um ano, Carol assegura que só encarna a ‘marida de aluguel’ na telinha. “Não sei e nunca precisei fazer nenhum reparo grande na minha casa, mas acho que me divertiria pintando paredes. Para algo mais sério, eu chamo a Griselda”, ri.
Apesar da inaptidão para fazer obras, ela viveu situação divertida com um telespectador na vida real: “Um cara me deu três tapões nas costas e falou ‘vamos trabalhar, Pereirão?’”


Por Ana Cleya Lopez